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Originalidade e ética em teses portuguesas com IA | 2025

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5 min de leitura

Checklist de Originalidade para Teses em Portugal: Guia 2025

Introdução: Por que a Originalidade é Crucial nas Teses Portuguesas em 2025

A originalidade académica nunca foi tão desafiante quanto em 2025. Segundo dados recentes da Associação Nacional de Reitores das Universidades Portuguesas, casos de plágio em teses de mestrado e doutoramento aumentaram 23% nos últimos dois anos, principalmente devido ao uso inadequado de inteligência artificial generativa.

Estudantes universitários portugueses trabalhando em bibliotecas com verificadores de originalidade digitais
O panorama atual da originalidade académica nas universidades portuguesas

Com a entrada em vigor do EU AI Act em agosto de 2024, as universidades portuguesas enfrentam um novo paradigma na avaliação da originalidade e ética em teses portuguesas com IA. Este regulamento europeu estabelece diretrizes claras sobre transparência no uso de sistemas de IA, obrigando estudantes a declarar explicitamente qualquer assistência artificial na produção dos seus trabalhos académicos.

“A originalidade académica em 2025 não se resume apenas a evitar o plágio tradicional. Agora, exige uma compreensão profunda de como integrar eticamente ferramentas de IA no processo de investigação.”


— Prof. Dr. António Silva, especialista em ética académica da Universidade do Porto

Este cenário transformou completamente os critérios de avaliação. Universidades como a Universidade de Lisboa, Universidade do Porto e Universidade de Coimbra implementaram novos protocolos de verificação que combinam verificadores tradicionais de similaridade com detectores específicos de conteúdo gerado por IA.

O nosso checklist completo de 15 pontos essenciais foi desenvolvido especificamente para estudantes portugueses que navegam neste novo panorama académico. Cada item foi validado junto de comissões científicas das principais universidades nacionais e alinhado com as mais recentes diretrizes europeias sobre uso ético de IA na educação superior.

Contexto Legal e Académico: O Panorama Atual em Portugal

O quadro legal português para originalidade académica baseia-se no Decreto-Lei n.º 74/2006, alterado pelo Decreto-Lei n.º 65/2018, que estabelece o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior. Este diploma define claramente que “toda a produção académica deve constituir trabalho original do candidato”.

As três principais universidades portuguesas adoptaram abordagens ligeiramente diferentes, mas convergentes:

  • Universidade de Lisboa (ULisboa): Implementou em janeiro de 2024 a Declaração Obrigatória de Originalidade e Uso de IA, exigindo percentagem de similaridade inferior a 15% para mestrados e 10% para doutoramentos
  • Universidade do Porto (UP): Adoptou sistema duplo de verificação com Turnitin e Ouriginal, estabelecendo limites específicos por área científica
  • Universidade de Coimbra (UC): Pioneira na implementação de protocolos específicos para deteção de conteúdo gerado por IA, utilizando ferramentas como GPTZero e Originality.ai

A declaração obrigatória de originalidade tornou-se um documento fundamental. Desde setembro de 2024, todas as teses devem incluir um anexo específico detalhando:

  1. Confirmação de autoria original
  2. Listagem detalhada de todas as fontes consultadas
  3. Declaração específica sobre uso de ferramentas de IA
  4. Percentagem de texto gerado ou assistido por IA
Interface moderna de ferramentas de deteção de IA em universidades portuguesas
Ferramentas de deteção de IA utilizadas nas principais universidades

As ferramentas de verificação evoluíram significativamente. O Turnitin, utilizado por 78% das instituições portuguesas, integrou em 2024 capacidades de deteção de IA com precisão de 94%. O Ouriginal, preferido por universidades técnicas, destaca-se na identificação de paráfrases assistidas por IA.

As consequências legais do plágio incluem desde anulação da tese até suspensão temporária do direito a graus académicos. Em casos extremos, pode haver responsabilização criminal por violação de direitos de autor, conforme o Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.

Tendência 2025: IA Generativa e Novos Desafios de Originalidade

O uso de IA generativa em contexto académico português cresceu exponencialmente. Dados do Observatório Nacional da Literacia Digital revelam que 89% dos estudantes de pós-graduação utilizaram pelo menos uma ferramenta de IA na elaboração das suas teses em 2024, comparado com apenas 34% em 2023.

O ChatGPT lidera com 67% de utilização, seguido pelo Claude (23%) e Google Gemini (19%). Esta proliferação criou novos desafios para garantir a originalidade e ética em teses portuguesas com IA.

Casos reais documentados incluem:

Universidade Nova de Lisboa (2024): Deteção de 12 teses de mestrado com mais de 40% de conteúdo gerado por IA não declarado, resultando em reformulação obrigatória

Universidade de Aveiro (2024): Primeiro caso português de anulação de tese de doutoramento por uso não ético de IA, estabelecendo precedente jurídico importante

Os verificadores de similaridade evoluíram para detectar padrões específicos de IA. O Turnitin AI Detection identifica características como:

  • Repetição de estruturas sintáticas típicas de modelos de linguagem
  • Uso excessivo de conectores lógicos artificiais
  • Padrões de coesão textual estatisticamente improváveis
  • Referências bibliográficas inexistentes ou imprecisas (“alucinações”)

A distinção entre plágio tradicional e “plágio por IA” tornou-se crucial. Enquanto o primeiro envolve cópia direta de fontes existentes, o segundo inclui apropriação de conteúdo gerado artificialmente sem declaração adequada.

Percentagens Aceitáveis de Similaridade por Área

  • Ciências Exatas: máximo 8% (devido à especificidade técnica)
  • Ciências Sociais: máximo 12% (maior diversidade de fontes)
  • Humanidades: máximo 15% (natureza interpretativa)
  • Medicina/Saúde: máximo 10% (rigor científico elevado)

Checklist Completo: 15 Pontos Essenciais de Originalidade

Antes da Escrita

A preparação adequada é fundamental para garantir originalidade desde o início. Esta fase estabelece os alicerces éticos de toda a investigação.

Estudante universitário planeando metodologia de investigação com ferramentas digitais e analógicas
Fase crucial de planeamento para garantir originalidade desde o início

1. ✅ Definir pergunta de pesquisa verdadeiramente original

Utilize metodologias como FINER (Feasible, Interesting, Novel, Ethical, Relevant) para validar a originalidade da sua questão central. Consulte bases de dados como RCAAP (Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal) para confirmar que não existe investigação idêntica.

2. ✅ Documentar todas as fontes desde o início

Implemente um sistema rigoroso de gestão bibliográfica utilizando ferramentas como Zotero ou Mendeley. Cada referência deve incluir data de acesso, URL completo e notas sobre como foi utilizada.

3. ✅ Criar matriz de rastreabilidade de ideias

Desenvolva uma tabela Excel ou similar que relacione cada ideia principal com suas fontes originais. Esta matriz será crucial para demonstrar originalidade durante a defesa.

4. ✅ Estabelecer protocolo de uso ético de IA

Defina regras claras sobre quando e como utilizará ferramentas de IA. Este protocolo deve incluir tipos de prompts permitidos, limites percentuais de utilização e métodos de documentação.

Durante a Escrita

A fase de redação exige vigilância constante para manter padrões éticos elevados. Cada parágrafo deve ser tratado como uma oportunidade de demonstrar originalidade genuína.

5. ✅ Implementar sistema de citações em tempo real

Nunca postpone a citação adequada. Utilize ferramentas como formatadores automáticos compatíveis com normas portuguesas para garantir consistência.

6. ✅ Manter log detalhado de prompts de IA utilizados

Documente todos os prompts utilizados, respostas obtidas e como foram integrados no texto. Este registo deve incluir timestamps e versões específicas das ferramentas utilizadas.

7. ✅ Aplicar técnicas de paráfrase adequada

A paráfrase ética exige compreensão profunda das ideias originais. Evite simplesmente reorganizar palavras; reinterprete conceitos com sua própria perspectiva analítica.

8. ✅ Verificar originalidade por capítulos

Execute verificações intermédias utilizando ferramentas como Turnitin. Esta abordagem gradual permite correções atempadas e evita surpresas na submissão final.

9. ✅ Validar todas as referências bibliográficas

Confirme a existência e precisão de cada referência. Ferramentas de IA podem gerar citações falsas (“alucinações bibliográficas”), um problema crescente em 2024-2025.

Antes da Submissão

A fase final exige verificação meticulosa de todos os aspectos relacionados com originalidade e conformidade regulamentar.

10. ✅ Executar verificação final no Turnitin/Ouriginal

Execute uma análise completa pelo menos 72 horas antes da submissão. Isto permite tempo para correções necessárias sem comprometer prazos.

11. ✅ Completar Declaração de Originalidade oficial

Preencha meticulosamente todos os campos obrigatórios. Esta declaração tem valor legal e deve refletir com precisão o processo de investigação.

12. ✅ Preencher Declaração de Uso de IA (template 2025)

Utilize templates atualizados que cumpram com EU AI Act. Seja específico sobre ferramentas utilizadas, percentagens aproximadas e finalidades concretas.

13. ✅ Revisar percentagem de similaridade por secção

Analise relatórios detalhados de similaridade secção por secção. Algumas secções (como revisão de literatura) naturalmente apresentam percentagens mais elevadas.

14. ✅ Validar conformidade com normas da instituição

Cada universidade possui requisitos específicos. Confirme compliance com as diretrizes institucionais atuais antes da submissão final.

15. ✅ Preparar documentação de suporte para defesa

Organize todos os registos de fontes, logs de IA e matrizes de rastreabilidade. Esta documentação pode ser solicitada durante a defesa oral.

Previsões e Recomendações para o Futuro Próximo

A evolução dos verificadores de IA até 2026 promete ser revolucionária. Turnitin planeia lançar até março de 2025 uma versão capaz de detectar conteúdo gerado por modelos de IA multimodal, incluindo imagens e gráficos gerados artificialmente. Esta capacidade será crucial para áreas como arquitectura e design.

As novas diretrizes europeias em preparação incluem o European Higher Education AI Framework, previsto para consulta pública em junho de 2025. Este documento estabelecerá standards uniformes para todas as universidades da União Europeia, potencialmente alterando critérios nacionais portugueses.

Interface futurista de ferramentas académicas com IA integrada para verificação de originalidade
O futuro das ferramentas académicas com IA integrada

O impacto da literacia digital dos orientadores representa um desafio significativo. Estudos indicam que apenas 34% dos professores universitários portugueses possuem competências adequadas para identificar uso inadequado de IA. Universidades estão investindo em programas de formação intensiva para docentes.

Ferramentas emergentes para garantir originalidade incluem:

  • Blockchain Academic Verification: Sistema de timestamping imutável para documentar processo de escrita
  • Real-time Originality Tracking: Monitorização contínua durante redação
  • AI Forensics Tools: Análise avançada de padrões linguísticos para deteção de IA
  • Collaborative Integrity Platforms: Sistemas que permitem verificação por pares em tempo real

As melhores práticas projetadas para 2025-2027 incluem adoção de metodologias híbridas que combinam rigor académico tradicional com uso ético de IA. Universidades pioneiras como MIT e Stanford já implementam “AI-Assisted Research Protocols” que podem inspirar adaptações portuguesas.

A certificação de originalidade blockchain emergerá como standard até 2026, proporcionando prova criptográfica de autoria e cronologia de desenvolvimento de teses. Esta tecnologia será particularmente relevante para proteger propriedade intelectual em investigação sensível.

Transforme a Sua Tese numa Obra Original e Ética

Os três pontos mais críticos do nosso checklist são inequivocamente: estabelecer um protocolo ético de uso de IA desde o início (#4), manter documentação rigorosa de todo o processo (#6) e executar verificação final completa (#10). Estes três elementos formam o tripé fundamental da integridade académica em 2025.

Para facilitar a implementação deste guia, disponibilizamos o checklist completo em PDF com templates editáveis de declarações de originalidade e uso de IA, atualizados conforme as mais recentes diretrizes portuguesas e europeias.

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Para aprofundar conhecimentos sobre aspectos específicos da originalidade em teses portuguesas, recomendamos a consulta de recursos complementares:

A originalidade em teses portuguesas transcende compliance regulamentar; representa compromisso com excelência académica e integridade científica. Em 2025, este compromisso exige não apenas evitar plágio, mas abraçar uma nova ética digital que reconhece tanto o potencial quanto as responsabilidades do uso de inteligência artificial na investigação académica.

O futuro da investigação portuguesa depende da nossa capacidade coletiva de navegar este novo paradigma com sabedoria, transparência e inovação responsável. A originalidade não é apenas um requisito — é o fundamento da credibilidade académica nacional no cenário internacional.


One response to “Originalidade e ética em teses portuguesas com IA | 2025”

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