Como Usar IA na Tua Tese em Lisboa: Checklist de Transparência 2025
Em 2025, o uso ético de IA em teses universitárias deixou de ser um luxo para se tornar uma necessidade absoluta. Com as novas regulamentações europeias e as diretrizes específicas das universidades de Lisboa, os estudantes enfrentam agora um panorama completamente transformado onde a transparência não é apenas recomendada – é obrigatória.
Imagina que estás a construir uma ponte: podes usar as ferramentas mais avançadas do mundo, mas se não declarares quais utilizaste e como, a estrutura perde credibilidade. O mesmo acontece com a tua tese. A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta poderosa, mas o seu uso ético requer um planeamento meticuloso e total transparência.
Por Que o Uso Ético de IA é Crucial em 2025
As universidades de Lisboa – Universidade de Lisboa (ULisboa), NOVA e ISCTE – implementaram este ano protocolos rigorosos que transformaram completamente o panorama académico. Segundo dados recentes da Direção-Geral do Ensino Superior, mais de 78% dos estudantes de mestrado e doutoramento em Lisboa já utilizam alguma forma de IA nas suas investigações.
O impacto do EU AI Act nas teses académicas é profundo e irreversível. Esta regulamentação europeia estabelece que qualquer uso de sistemas de IA em contexto académico deve ser declarado de forma clara e rastreável. Para os estudantes de Lisboa, isto significa que cada interação com ChatGPT, Grammarly, ou qualquer ferramenta similar deve ser documentada nos anexos da tese.
“A transparência no uso de IA não é apenas uma questão ética – é uma competência digital fundamental para o investigador do século XXI”
— Prof. Ana Mourão, Diretora de Inovação Digital da ULisboa
Os benefícios da transparência são claros: maior credibilidade académica, conformidade legal, e desenvolvimento de competências digitais avançadas. Por outro lado, a não conformidade pode resultar em reprovação da tese, processos disciplinares, e até questões legais relacionadas com propriedade intelectual.
Este artigo apresenta um checklist completo de 15 passos para garantir que uses a IA de forma ética, transparente e em total conformidade com as exigências das universidades lisboetas. Vamos mergulhar nos detalhes que podem fazer a diferença entre uma tese exemplar e uma investigação comprometida.
O Que Mudou nas Universidades de Lisboa
A revolução regulamentar de 2025 trouxe mudanças estruturais que todo estudante deve conhecer. A Universidade de Lisboa publicou em janeiro as “Diretrizes para Uso Ético de IA em Investigação”, um documento de 47 páginas que estabelece padrões rigorosos para o uso ético de IA em teses universitárias.
A NOVA vai ainda mais longe, exigindo não apenas uma declaração de uso, mas também um relatório técnico detalhado de cada ferramenta utilizada. Segundo o Regulamento 2025/AI da NOVA, estudantes devem especificar:
- Versão específica de cada ferramenta de IA utilizada
- Datas e durações de cada sessão de trabalho
- Prompts utilizados e respostas obtidas
- Metodologia de validação das informações geradas
O ISCTE implementou um sistema ainda mais inovador: a plataforma “AI-Tracker”, que monitoriza automaticamente o uso de IA durante o desenvolvimento da tese. Esta ferramenta gera relatórios automáticos que devem ser anexados à submissão final.
A obrigatoriedade de anexar a “Declaração de Uso de IA” segundo as normas da ULisboa significa que cada tese deve incluir um documento formal especificando como, quando e para que fins a IA foi utilizada. Este documento deve seguir o template oficial e ser assinado digitalmente pelo estudante e orientador.
Finalmente, a compliance com Dublin Core e metadados para repositórios institucionais exige que todas as informações sobre uso de IA sejam codificadas em metadados específicos, garantindo rastreabilidade a longo prazo. Esta medida visa criar um histórico institucional do uso de IA em investigação académica.
IA Como Ferramenta de Apoio Transparente na Investigação
A evolução do uso de IA em teses académicas representa uma das transformações mais significativas da educação superior moderna. Em 2025, assistimos à transição definitiva da IA como “ferramenta secreta” para “parceiro declarado” na investigação.
Esta mudança de paradigma reflete uma maturidade académica notável. Segundo um estudo da Fundação para a Ciência e Tecnologia, 89% dos orientadores de tese em Lisboa consideram agora o uso transparente de IA como uma competência digital avançada, e não uma limitação.
Casos de Sucesso Exemplares
Mariana Santos, estudante de mestrado em História na ULisboa, utilizou o ChatGPT para organizar cronologicamente mais de 300 documentos históricos. A sua declaração detalhada de uso de IA não só foi aceite, como levou a tese a receber a classificação máxima. “A transparência não escondeu o meu trabalho – destacou-o”, explica Mariana.
João Pereira, doutorando em Engenharia no ISCTE, desenvolveu uma metodologia híbrida onde a IA auxiliou na análise de dados complexos, mas todas as conclusões foram validadas independentemente. O seu trabalho tornou-se referência para outros estudantes do programa.
Ferramentas Mais Utilizadas na Investigação Académica
As ferramentas de IA mais populares entre estudantes de Lisboa:
- ChatGPT 4.0 — para brainstorming e estruturação de ideias
- Grammarly Premium — para revisão linguística e estilística
- Zotero AI — para gestão inteligente de bibliografia
- DeepL Write — para tradução e refinamento de textos
- Notion AI — para organização e planeamento da investigação
A diferença fundamental entre uso auxiliar e substituição do trabalho intelectual tornou-se a linha vermelha que define práticas éticas. O uso auxiliar potencia as capacidades humanas, enquanto a substituição compromete a autenticidade da investigação.
Checklist Prático: 15 Passos Para Uso Ético de IA
Este checklist completo garantirá que uses a IA de forma ética, transparente e em total conformidade com as exigências das universidades de Lisboa. Cada passo foi desenvolvido com base nas melhores práticas internacionais e regulamentações locais.
Fase de Planeamento (Passos 1-5)
Passo 1: Definir Objetivos Claros para o Uso de IA
Antes de iniciares qualquer interação com ferramentas de IA, define especificamente para que fins as vais utilizar. Cria uma lista detalhada: “Vou usar ChatGPT para brainstorming de tópicos”, “Vou usar Grammarly para correção gramatical”, etc. Esta clareza inicial será fundamental para a tua declaração final.
Passo 2: Consultar Orientador Sobre Políticas Específicas do Curso
Cada programa pode ter requisitos adicionais. Agenda uma reunião específica sobre uso de IA com o teu orientador. Alguns cursos podem proibir certas ferramentas ou exigir validações adicionais. Esta conversa deve acontecer antes de começares a usar qualquer ferramenta.
Passo 3: Documentar Todas as Ferramentas de IA Utilizadas
Cria uma tabela Excel ou Google Sheets com: nome da ferramenta, versão, data de primeiro uso, finalidade específica, e número de licença (quando aplicável). Esta documentação será parte integral dos teus anexos.
Passo 4: Estabelecer Limites Éticos para Cada Ferramenta
Define claramente o que podes e não podes fazer com cada ferramenta. Por exemplo: “Posso usar ChatGPT para sugerir estruturas de capítulos, mas não para escrever parágrafos completos”. Estes limites devem ser documentados por escrito.
Passo 5: Criar Sistema de Rastreabilidade das Interações com IA
Utiliza ferramentas como o Tesify para manter um registo automático de todas as tuas interações com IA. Esta plataforma oferece funcionalidades específicas para tracking ético de uso de IA em contexto académico.
Fase de Desenvolvimento (Passos 6-10)
Passo 6: Usar IA para Brainstorming e Organização de Ideias
Esta é uma das aplicações mais aceites eticamente. Utiliza ferramentas como ChatGPT para explorar diferentes ângulos do teu tópico, mas sempre valida as sugestões com fontes académicas credíveis. Guarda screenshots ou exporta as conversas para anexar à tese.
Passo 7: Aplicar IA na Revisão Gramatical e Estilística
Ferramentas como Grammarly ou LanguageTool são amplamente aceites para melhorar a qualidade linguística. No entanto, deves sempre rever as sugestões criticamente e não aceitar alterações que mudem o sentido do teu texto original.
Passo 8: Implementar Verificação de Fontes e Fact-Checking
Nunca confies cegamente em informações fornecidas por IA. Cada facto, data, ou citação sugerida deve ser verificada independentemente através de fontes académicas credíveis. Cria um sistema de validação em duas fases: verificação automática e verificação manual.
Passo 9: Manter Registo Detalhado de Prompts Utilizados
Documenta todos os prompts que utilizaste e as respostas obtidas. Este registo deve incluir data, hora, ferramenta utilizada, e como utilizaste a informação obtida. Algumas universidades podem solicitar este histórico durante a defesa.
Passo 10: Validar Independentemente Todas as Informações Geradas por IA
Estabelece uma regra rígida: nenhuma informação gerada por IA entra na tua tese sem validação independente através de fontes académicas primárias. Este processo de validação deve ser documentado nos teus anexos.
Fase de Finalização (Passos 11-15)
Passo 11: Redigir Declaração Completa de Uso de IA
Utiliza o template oficial da tua universidade para criar uma declaração detalhada. Esta deve incluir todas as ferramentas utilizadas, finalidades específicas, e metodologias de validação. A declaração deve ser assinada digitalmente por ti e pelo teu orientador.
Passo 12: Incluir Anexos com Evidências de Transparência
Prepara anexos detalhados com screenshots de conversas relevantes, registos de utilização, e evidências de validação independente. Estes anexos demonstram o teu compromisso com a transparência académica.
Passo 13: Verificar Conformidade com Normas da Universidade
Antes da submissão final, consulta novamente as normas específicas da tua universidade sobre formatação e requirements de declaração de IA. Cada instituição pode ter requisitos ligeiramente diferentes.
Passo 14: Submeter no Fénix com Metadados Corretos
Durante a submissão no Fénix, garante que todos os metadados relacionados com uso de IA estão preenchidos corretamente. Isto inclui tags específicas, categorização de ferramentas utilizadas, e níveis de transparência.
Passo 15: Preparar Defesa Oral com Explicação do Uso Ético
Prepara uma secção específica da tua apresentação para explicar como usaste a IA eticamente. Esta transparência proactiva impressiona positivamente os júris e demonstra maturidade académica avançada.
O Futuro do Uso Ético de IA em Teses Universitárias
O panorama do uso ético de IA em teses universitárias está a evoluir rapidamente, e as tendências para os próximos anos são fascinantes. Até 2026, esperamos uma integração ainda mais profunda destas tecnologias no processo académico, mas sempre com transparência como princípio fundamental.
A evolução das políticas universitárias seguirá provavelmente o modelo escandinavo, onde universidades como a de Helsinque já implementaram “passaportes digitais” para cada tese, documentando automaticamente todo o uso de IA. As universidades de Lisboa estão a estudar sistemas similares para implementação em 2026.
Desenvolvimentos Tecnológicos Esperados
A integração de verificadores automáticos de uso de IA nos repositórios institucionais representará uma revolução na transparência académica. Estes sistemas, baseados em blockchain, criarão registos imutáveis de todas as interações com IA durante o desenvolvimento de teses.
O desenvolvimento de standards europeus para transparência em IA académica está em curso através do programa Horizon Europe. Estes padrões uniformizarão as práticas em todas as universidades europeias, simplificando intercâmbios académicos e reconhecimento mútuo de qualificações.
Quanto ao impacto na avaliação e classificação de teses com uso declarado de IA, a tendência é claramente positiva. Estudos piloto da OECD sugerem que teses com uso transparente e ético de IA recebem classificações superiores, não inferiores, comparativamente às tradicionais.
As oportunidades de especialização em “ética digital” para investigadores estão a multiplicar-se. Várias universidades europeias já oferecem certificações específicas nesta área, e prevê-se que se torne um requisito standard para orientadores de tese até 2027.
Esta evolução representa não apenas uma adaptação tecnológica, mas uma transformação fundamental na cultura académica, onde a transparência e a colaboração humano-IA se tornam marcas distintivas de excelência investigativa.
Domina o Uso Ético de IA na Tua Tese
A jornada através deste guia completo sobre o uso ético de IA em teses universitárias demonstra que a transparência não é apenas uma obrigação regulamentar – é uma oportunidade de excelência académica. Os 15 passos apresentados criam uma estrutura sólida para navegares com confiança no novo panorama académico de Lisboa.
Os principais benefícios da transparência incluem maior credibilidade investigativa, desenvolvimento de competências digitais avançadas, e conformidade total com as exigências regulamentares europeias. Mais importante ainda, posiciona-te como um investigador do futuro, capaz de colaborar eticamente com tecnologias emergentes.
Recursos Adicionais e Templates
Para apoiar a implementação prática deste checklist, recomendamos a consulta do nosso artigo detalhado sobre originalidade e ética em teses portuguesas com IA, que fornece templates específicos e modelos de declaração alinhados com o EU AI Act.
A plataforma Tesify oferece ferramentas integradas para gestão ética de IA em contexto académico, incluindo tracking automático de interações, templates de declaração personalizáveis, e verificação de compliance com normas universitárias. As funcionalidades de Copilot, investigação bibliográfica, e validação de plágio são especialmente valiosas para garantir transparência total no processo investigativo.
💡 Começa Hoje a Usar IA de Forma Ética
Não esperes mais! O futuro da investigação académica está aqui, e a transparência é a tua chave para o sucesso. Implementa hoje mesmo o primeiro passo deste checklist: define os teus objetivos claros para uso de IA na tua tese.
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Lembra-te: numa era onde a inteligência artificial se torna cada vez mais presente na investigação, a tua capacidade de a utilizar de forma ética e transparente não é apenas uma vantagem competitiva – é uma competência fundamental para o investigador do século XXI.
O futuro académico pertence àqueles que abraçam a tecnologia com responsabilidade, criatividade com integridade, e inovação com transparência. A tua tese pode ser o exemplo perfeito desta nova abordagem académica.
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